domingo, 24 de fevereiro de 2008

FLG 0253 – Climatologia I



Disciplina Ministrada pelo Prof. Dr. Tarik
Aula de Ricardo Augusto Felicio
Sistemas de Meso Escala
– As Trovoadas –

1-Introdução

O presente resumo de aula pretende ensinar os conceitos dos sistemas de mesma escala que atuam nas latitudes dos trópicos e sub-trópicos, mostrando como a atmosfera da Terra efetua as trocas térmicas nestas faixas de latitude. A entidade meteorológica principal que atua na escala de tempo /espaço proposta nesta discussão é conhecida por trovoada.

A trovoada, um nome genérico para as tempestades, é sugerido pela Língua Portuguesa, de tempos remotos dos antigos navegadores, por um simples motivo: a existência de trovões. Contudo, trovões não são as causas, mas conseqüências de processos que existem dentro das células de trovoadas.

Porém, são eles que denunciam a presença da tempestade, ou seja, quando esta alcançou sua fase madura e a partir deste ponto, todos os fenômenos associados à sua existência poderão ocorrer. Veremos detalhadamente estes processos adiante. Nas escala temporal, as trovoadas são definidas como sistemas que têm um tempo de vida dentro da faixa de 7 horas a 2 ou 3 dias e que atuam em um espaço de aproximadamente 20km até 1.000km.

Com estas características, estamos delimitando sua existência dentro da meso escala (células de trovoadas isoladas) a sub-sinóptica (Linhas de Instabilidade, por exemplo, com muitas células de trovoadas independentes, mas atuando em conjunto).

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Climatologia -1

As características que definem as trovoadas são:
·Suas células de tempestades podem ter mais de um ciclo de vida, mas obrigatoriamente, pelo menos um ciclo; e
· Prevalecem características convectivas para a sustentação de vida dos sistemas.

2 - A Convecção
Pela Física, a convecção é definida como a forma de transmitir energia, neste caso calor, através da massa, lembrando que a matéria move-se para executar este processo. Em outras palavras, a massa absorve calor de um lugar, move-se e libera esse calor em outro. A direção e sentido do processo não importam.

Mas no nosso estudo em questão, que trata das trovoadas, precisamos utilizar um conceito mais específico dado pela Meteorologia. Nesta ciência, a convecção é definida exatamente como a da Física, porém limita a sua atuação para a direção vertical, em ambos os sentidos (de cima para baixo e, principalmente de baixo para cima).

Os transportes horizontais de energia pela massa recebem o nome de advecção. Cristalizando este conceito importante, veremos agora como a região tropical do planeta procede para se livrar de um superávit de energia que recebeu do Sol durante o percorrer de um longo tempo.

Note que o processo das trovoadas, utilizando a ferramenta conveção, é apenas um deles, porém de longe, é o mais importante nesta faixa das latitudes intertropicais. Existem outros processos que serão discutidos na aula de Frentes e Ciclones Extratropicais.

O primeiro instante da convecção é dado quando a energia de insolação (aquela que conseguiu atravessar toda a atmosfera e seus obstáculos) começa a aquecer a superfície, convertendo ondas curtas (alta energia) em ondas longas (calor infravermelho).

Uma pequena parcela de calor remanescente do saldo positivo do Balanço Radiativo da Atmosfera também contribui para o processo. A partir deste ponto, as primeiras lâminas de ar, que estão em contato direto com a superfície, começam a se aquecer violentamente.

Dependendo do tipo de superfície, a temperatura poderá variar de 40 a 86ºC. A transferência de energia térmica, neste instante, é obviamente por condução, molécula a molécula, podendo-se assim dizer, mas que gera uma extrema instabilidade na superfície laminar.

Qualquer efeito mecânico que perturbar a área, como uma leve brisa ou o passar de um automóvel, será suficiente para disparar o processo convectivo. Se nenhum efeito ocorrer, a própria convecção, pelo grande acúmulo de energia, acaba se autoiniciando.

Após a ação desta forçante inicial (vamos chamá-lo vulgarmente como “chute inicial”) o levantamento convectivo se fecha, por propriedades moleculares da Mecânica de Fluidos, onde a tensão superficial da bolha consegue mantê-la intacta. Estando formada, a bolha, ou térmica, ou parcela de ar consegue se manter praticamente estável e se eleva, nestes instantes iniciais, em uma razão de subida de 10 m/s ou +/- 36km/h .

Conforme sobe, a bolha se expande, pois a pressão externa é cada vez menor, conforme se ganha altura. Essa expansão da bolha, ora causada pela energia térmica interna, ora pela redução externa da pressão, vai fazer com que a pressão interna à bolha também reduza, pois ela é considerada um sistema aberto. Ao se reduzir a pressão interna, a temperatura começa a cair.

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Climatologia - 2

A temperatura da parcela vai se reduzindo, porém devemos lembrar que existem duas temperaturas distintas: a temperatura do ar e a temperatura do ponto de orvalho (essa é a temperatura que uma dada parcela de ar precisa ter para saturar, ou seja, formar gotas de água).

A temperatura do ar interno da parcela se reduz mais rapidamente, a uma taxa de
1ºC /100m enquanto que sua correspondente temperatura do ponto de orvalho varia apenas 0,2ºC /100m
. Ora, a dado momento as temperaturas do ar interno da parcela e sua temperatura do ponto de orvalho serão iguais!

Neste exato instante, a parcela de ar satura, pois quando essas temperaturas são iguais, significa que a sua pressão de vapor atingiu a saturação, ou, se preferir pensar em relação à umidade relativa, atingiu-se 100% de UR, ou seja, deve-se formar gotículas de água, conforme haja umidade disponível.

Quando estas temperaturas são iguais, dizemos que a parcela de ar ascendente chegou ao seu Nível de Condensação por Levantamento – NCL.

Lembrando que a parcela, ao iniciar seu processo de levantamento, transportou, em seu interior, o calor existente na superfície em forma de calor sensível e latente. No início, a energia é considerada calor sensível, pois estava aquecendo o ar ao seu redor.

Enquanto aquecia, uma parte dela foi utilizada para evaporar água que estivesse disponível em superfície, como rios, lagos,evapotranspiração etc. Ao ceder energia de calor sensível para evaporar água, parte desta energia foi armazenada na parcela em forma de calor latente.

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Pode-se imaginar que calor latente é um empréstimo de energia, solicitado pela matéria, quando esta precisa mudar de estado físico. Com isto, temos dois sentidos distintos de calor latente:

· Quando a matéria passa de um estado físico de menor energia para um de maior, armazena calor latente internamente, solicitando-o do meio em que se encontra (sólido è líquido ou líquido è gasoso); e

· Quando a matéria passa de um estado físico de maior energia para um de menor, libera calor latente para o meio em que se encontra (gasoso è líquido ou líquido è sólido).

Para saber mais:
Calor Sensível: é a forma de energia térmica que se manifesta na matéria pela alteração de sua temperatura, ou seja, pode ser medida com termômetro.

Calor Latente: é a forma de energia térmica que se manifesta pela mudança de estado físico da matéria, onde não há alteração de sua temperatura, ou seja, não pode ser medida com termômetro.

Atingindo o NCL, a parcela resfriou-se a ponto de permitir condensação. Pelo processo inverso, o seu vapor (alta energia) condensa em forma de gotas (baixa energia) liberando seu calor latente internamente à parcela. A manifestação desta entrada de energia se dá em forma de calor sensível que começa a aquecer a parcela.

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Climatologia - 4

Note que este ganho de calor interno será um grande complemento para se decidir se a troposfera estará estável, instável ou neutra. A grande importância disto é que boa parte da energia que estava em superfície foi removida para níveis mais altos, sendo liberada em altitude.

Com isto, notamos que a troposfera, a primeira camada da atmosfera e que comporta quase que 90% de toda a sua totalidade, permanece com um perfil de temperatura onde a superfície é mais quente que os níveis altos, ou seja, a variação da temperatura é para menor conforme se ganha altitude.

Esta variação negativa de temperatura com ganho de altitude recebe o nome particular de Lapse Rate, aportuguesado para Taxa de Resfriamento por Altitude. O processo de aquecimento por baixo define a troposfera como uma camada climatologicamente instável.

Para saber mais:
Pode-se calcular a altura do NCC facilmente com uma fórmula bem simples:
H = 125 x (T – Td).Onde T é a temperatura do ar e Td a temperatura do ponto de orvalho, ambas em superfície. O resultado é dado por H, em metros. Exemplos didáticos:

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Nota: este método não poderá ser aplicado à todos os tipos de nuvens, pois trata-se de apenas processos convectivos. Porém, nos dois últimos exemplos, ele poderá ser uma eficaz estimativa na obtenção daaltura onde ocorre a saturação do ar, mesmo em nuvens estratiformes.

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Estabilidade Atmosférica - Os processos de estabilidade atmosférica recorrem ao equilíbrio de suas camadas. Na Física, o equilíbrio de um corpo pode ser caracterizado em 3 situações: estável, neutro ou instável. Quando todas as forças que atuam sobre um corpo se equivalem, dizemos que o mesmo está em repouso.

Como comparamos o equilíbrio de um corpo em relação à superfície da Terra, dizemos que, se não houverem forças, ele está em repouso. Vejamos as definições de equilíbrio pela Física, fazendo uma analogia com as parcelas de ar atmosférico:

Estável: Equilíbrio estável é aquele em que um corpo, perturbado por uma força, voltará à sua posição original imediatamente após a atuação da força. Na atmosfera, quando uma parcela é impulsionada por uma força, tenderá a retornar a sua posição original. Este caso caracteriza a estabilidade do ar, dificultando ou amortecendo os movimentos verticais;

Neutro: Equilíbrio neutro ou indiferente é aquele em que um corpo, perturbado por uma força, permanecerá no mesmo equilíbrio na nova posição, após a atuação da força. Na atmosfera, quando uma parcela é impulsionada por uma força, tenderá a se mover só durante a atuação da força. Quando ela cessar, a parcela estaciona, permanecendo no lugar, não tendendo a voltar para a posição original, nem tampouco seguir a diante, mas poderá estar com um potencial maior, ou menor, conforme foi seu deslocamento;

Instável: Equilíbrio instável é aquele em que um corpo, perturbado por uma força, tenderá a se afastar cada vez mais da sua posição original, mesmo após a atuação da força. Na atmosfera, quando uma parcela é impulsionada por uma força, tenderá a se afastar cada vez mais da sua posição original. Este caso caracteriza a instabilidade do ar, auxiliando os movimentos verticais e acelerando as parcelas.

Dependendo da taxa de resfriamento do ambiente (Lapse Rate), as parcelas de ar que estão subindo podem adquirir tendências de estabilidade absoluta, estabilidade condicional ou instabilidade absoluta. A definição da tendência da parcela levará em conta a sua temperatura interna, quando esta é comparada à temperatura do ar ao seu redor (do ambiente) no mesmo nível. Com isto, temos três casos distintos:
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E como vimos anteriormente, a parcela poderá subir (ou descer) contendo vapor d’água em seu interior. Neste caso, a energia ainda permanece armazenada em forma de calor latente e é definido como processo Adiabático Seco. Quando o calor é liberado (ou solicitado) para a mudança de fase da água, o processo é chamado Adiabático Úmido. Na prática:

Adiabático Seco: É o processo no qual a temperatura da parcela de ar varia como se fosse um ar seco, conforme sobe / desce, na taxa de 1ºC /100m;


Adiabático Úmido: É o processo no qual a temperatura da parcela de ar varia como se fosse um ar saturado, conforme sobe /desce, na taxa de 0,6ºC/100m;

Os exemplos a seguir são bem ilustrativos, pois mostram a aplicação dos dois conceitos. Lembre-se que, enquanto a parcela se eleva sem condensar seu vapor d’água interno, o processo é adiabático seco. A partir do NCL, se a parcela continuar a subir, o processo será adiabático úmido. Neste último, a parcela recebe o calor latente liberado do vapor que está se condensando.

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E como vimos anteriormente, a parcela poderá subir (ou descer) contendo vapor d’água em seu interior. Neste caso, a energia ainda permanece armazenada em forma de calor latente e é definido como processo Adiabático Seco. Quando o calor é liberado (ou solicitado) para a mudança de fase da água, o processo é chamado Adiabático Úmido. Na prática:

Adiabático Seco: É o processo no qual a temperatura da parcela de ar varia como se fosse um ar seco, conforme sobe / desce, na taxa de 1ºC /100m ;

Adiabático Úmido: É o processo no qual a temperatura da parcela de ar varia como se fosse um ar saturado, conforme sobe /desce, na taxa de 0,6ºC/100m .

Os exemplos a seguir são bem ilustrativos, pois mostram a aplicação dos dois conceitos. Lembre-se que, enquanto a parcela se eleva sem condensar seu vapor d’água interno, o processo é adiabático seco. A partir do NCL, se a parcela continuar a subir, o processo será adiabático úmido. Neste último, a parcela recebe o calor latente liberado do vapor que está se condensando.

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Exemplo de Estabilidade Absoluta: Dizemos que as parcelas estão em estabilidade absoluta quando, a partir da elevação inicial por uma forçante, as parcelas se resfriam a uma taxa maior que o gradiente térmico do ar ambiente (Lapse Rate). Note que a estabilidade permanece tanto na razão da adiabática seca, quanto na razão da adiabática úmida, quando a parcela atingiu o NCC e inicia-se a condensação. Percebe-se que a liberação de calor latente após o NCC não contribuiu em nada para o fomento da convecção de forma cumulativa.
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GT – Gradiente Térmico, ou Lapse Rate.


Nestes casos, a nebulosidade é estratiforme. Exemplo de Instabilidade Condicional: Este tipo de estabilidade ocorre sempre quando o gradiente térmico do ar ambiente estiver no intermédio entre os valores da razão adiabática seca e da razão adiabática úmida, ou seja, o equilíbrio será estável enquanto o ar for seco, passando para instável, quando o ar for saturado. Um exemplo clássico é o resfriamento pelo gradiente térmico de 0,8ºC /100m, visto a seguir:

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Nestes casos, a nebulosidade é estratiforme durante a ascensão estável fria, passando para cumuliforme quando a ascensão torna-se instável e quente. Exemplo de Instabilidade Absoluta: Dizemos que as parcelas estão em instabilidade absoluta quando, a partir da elevação inicial por uma forçante, as parcelas se resfriam a uma taxa menor que o gradiente térmico do ar ambiente. Note que a instabilidade permanece tanto na razão da adiabática seca, quanto na razão da adiabática úmida, quando a parcela atingiu o NCC e inicia-se a condensação. Este tipo de instabilidade ocorre quando há fortes gradientes térmicos do ar ambiente, ou seja, dias muito aquecidos em superfície, típicos de verão.
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Nestes casos, a nebulosidade é cumuliforme ou de grande desenvolvimento vertical. Existem casos em que taxa de instabilidade absoluta do Lapse Rate alcançam valores de 3,42ºC /100m. Estes são chamados de gradientes autoconvectivos. Entenda como forçantes qualquer perturbação que auxiliou o início da convecção, seja uma brisa, a passagem da massa de ar por orografia, um incêndio na mata e até mesmo a própria lâmina de ar da superfície quando está superaquecida.

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Ciclo de Vida da Trovoada - A trovoada nada mais é que a existência de células ou super células de chuva convectiva em estágio maduro, onde a nuvem-mãe, o Cumulonimbus está presente, sozinho, como célula isolada, ou em grupo de células, abertas ou fechadas.

Porém, existe todo um processo evolutivo para isto ocorrer. Estágio Cumulus: as parcelas de ar são elevadas por efeitos convectivos e assim, vão formando a nuvem quando o ar atinge o Nível de Condensação por Levantamento – NCL. Mas tal processo é contínuo e o crescimento da célula de tempestade vai atingindo altitudes elevadas.

Em uma fase bem inicial, aparecem os Cumulus humilis (ou humilde) ou Cumulus de bom tempo. Alguns vão crescer,passando para a fase de Cumulus mediocris . Estes conseguem maior desenvolvimento formando os Cumulus congestus, aparecendo como grandes torres fofas (em aviação, são conhecidos como Tower Cumulus - TCU). Têm diâmetro oscilando entre 3 a 8 km e altura de 5 a 8 km;

Estágio Maduro: Como o levantamento atinge grande altura, várias das parcelas se resfriam e mergulham de volta por dentro da própria nuvem. Neste processo, diversas correntes descendentes (de parcelas resfriadas) e correntes ascendentes (de novas parcelas levantadas e aquecidas) vão carregando gotas de água, gelo e diversos particulados.

As velocidades das correntes atingem 200km/h e as colisões entre elas podem chegar aos impressionantes 400km/h. Tais colisões são as responsáveis pelo surgimento de carga estática dentro da nuvem. Nesta fase, os modelos tentam explicar o que pode acontecer a seguir, porém, as comprovações são mais difíceis de serem concretizadas.

São várias situações que podem ser esperadas. A precipitação severa de saraiva, a precipitação de fenomenal aguaceiro, a formação de tornados ou de uma micro-explosão. Para quase todos, têm-se a certeza de que houve perda de sustentação dentro da nuvem por levantamento.

Classifica-se a nuvem como Cb, imediatamente ao ser avistado um eletrometeoro (relâmpagos, por exemplo) ou ouvido um trovão (no caso, um fonometeoro). Seu diâmetro médio, como célula isolada é pouco maior que 10km, com topo entre 8 a 20km, dependendo da latitude;

Estágio de Dissipação: Nesta fase, a maior parte das correntes é descendente, pois o fluxo ascendente passou para uma outra região, onde há um avanço e propagação da célula de tempestade. Há fragmentação total da tempestade na retaguarda, com separação do topo gelado, com Cirrus isolados e chuva leve, contínua e as vezes gelada causada por Altostratus e Altocumulus onde é mais rara. Diz-se que a atmosfera está estável, pois o NCL se elevou e alcançou o Nível de Estabilidade Máxima – NEM, que por sua vez, desceu.

Em resumo, a célula de trovoada tem a função de estabilizar a troposfera terrestre. Parte de uma condição altamente instável (ar quente embaixo e ar frio em cima) para uma situação favoravelmente estável (ar frio resfriado desceu ao perder calor em altitude, tanto latente como sensível). Esta é conhecida como Grande Máquina Térmica da Terra.

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- Tipos de Trovoadas - As trovoadas podem ser classificadas conforme ocorrem dentro de uma mesma massa de ar ou por motivo do encontro de duas massas de características diferentes e, neste caso, há processos dinâmicos envolvidos:

- Trovoadas de Massas de Ar: São as trovoadas que ocorrem dentro de uma mesma massa de ar, causados por algum agente:

- Convectivas: Também chamadas de termais, são as trovoadas formadas por convecção local devido ao forte aquecimento diurno da superfície. O ar aquece-se por contato molecular e dispara a convecção, emanando calor por turbulência convectiva.

- Orográficas: - São as trovoadas que surgem pelo escoamento forçado do ar em direção à são as trovoadas que surgem pelo escoamento forçado do ar em direção à uma montanha ou serra. O movimento mecânico, forçando o ar a subir as escarpas, forma nuvens à barlavento da montanha, ocasionando forte precipitação e instabilidade. Turbulência é esperada à sotavento da montanha.

- Advectivas: Ajudam a formar as trovoadas quando o ar pouco mais frio desloca-se por baixo de ar mais aquecido. Este processo apenas inicia a convecção. Ocorre principalmente quando o ar passa sobre águas oceânicas aquecidas. A parte inferior será aquecida por contato e dispara a convecção, extremamente úmida. Ocorrem normalmente no período noturno, em madrugadas de inverno, mais fracas que as termais e mais raras que as outras trovoadas.

-Trovoadas Dinâmicas: São as trovoadas que se formam pelo encontro de massas de ar diferentes. Normalmente estão associadas à sistemas frontais, ocorrendo em qualquer época do ano, já que os sistemas operam em todas as estações. Também podem surgir em qualquer horário, independendo das condições de aquecimento em superfície. As vezes são disparadas por circulação de ventos secundários, como brisas vale-montanha, terrestre e do mar e ventos anabáticos (que sobem montanhas) e catabáticos (que descem montanhas).

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- Frontais: Trovoada associada diretamente ao avanço da região frontal. Muito forte quando o avanço é da Frente Fria e mais fraco quando o avanço é da Frente Quente .

- Dinâmicas Separadas da Região Frontal

- Multi-células: Sistema de trovoadas onde existem células de tempestade em estágios diferentes de evolução, mas conectados de alguma maneira. Normalmente não passam de 3 a 4 células em estágios distintos.

- Linha de Instabilidade -LI: Sistema organizado de células de tempestade em forma de linha. Ocorre como pré-frontal devido ao rápido avanço da Frente Fria, algumas ondas atmosféricas caminham mais rápido na vanguarda e desencadeiam sistemas convectivos intensos, alinhados e que surgem a qualquer hora. São as trovoadas mais violentas, ainda piores que as causadas pela Frente Fria. Tem deslocamento próprio, normalmente como batedores da frente e mais de um ciclo de vida, podendo permanecer por dias. As suas células de chuva são normalmente independentes, mas com deslocamento perfilado.

- Complexo Convectivo de Meso Escala – CCM: São aglomerados circulares, compostos por sistemas organizados de células de tempestade severa, as vezes chamados de super-células.

Suas células têm mais ciclos de vida que as demais células de tempestade. Possuem uma área tão extensa que podem cobrir estados inteiros ou mais principalmente se estiverem imersos em um meso ciclone, onde as células de chuva ficam bem próximas, em um processo de retroalimentação contínuo e severo. No Brasil, o surgimento de CCM’s ocorre principalmente pelo efeito dos Andes, na região Sul e Sudeste e pelos ventos Alíseos, na região Norte.

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– Agentes da Trovoada - Uma trovoada não existe enquanto não surgir a nuvem Cumulonimbus, portanto, esta é a principal agente da trovoada. A partir deste instante, quando a nuvem-mãe está formada, todos os outros fenômenos são possíveis, com maior ou menor severidade.

-Precipitações: São fortes, principalmente na retaguarda da trovoada, quando esta se desloca, causando fenomenal aguaceiro, perda de visibilidade e ocorrências de granizo. As precipitações vão diminuindo conforme a trovoada passa, terminando com chuva leve na área dissipativa.

- Chuva: A quantidade de água que precipita em uma trovoada é suficiente para esgotar a taxa de absorção de qualquer tipo de solo. Em superfícies impermeabilizadas, como as encontradas nas cidades, provocam grande vazão no escoamento superficial. Esta vazão, correndo para regiões rebaixadas, formará enchentes durante a chuva ou ulteriormente próximo à elas. Níveis de rios que sobem horas ou dias depois de chuvas intensas são considerados inundações.

- Granizo: Formado pelas gotas que se congelam, primeiramente na sua superfície, como bordeados de gelo, chamados embriões de granizo. Conforme ficam sob a influência das correntes ascendentes e descendentes, conseguem ter um congelamento mais profundo e até mesmo agregar-se a mais gotas ou sublimar vapor. Serão granizos se os precipitados tiverem até 5mm. Acima disto são considerados saraiva. Começam a se formar sempre acima da linha de congelamento em altura (linha do zero graus Celsius).

- Ventos: São muito intensos na trovoada e causam diversos fenômenos associados à grande destruição em superfície e geração de eletricidade atmosférica, dentro do Cb. As térmicas, no início, sobem na razão de 10m/s ou 36km/h.

Essa razão cresce absurdamente com a intensificação da convecção, podendo chegar a impressionantes 200km/h. Ao atingir a tropopausa, as parcelas estão extremamente frias e secas (pois perderam toda a sua umidade para formar gotas e cristais de gelo). A dado momento, iniciam-se também as correntes descendentes dentro da célula de tempestade. A associação das duas correntes formarão fenômenos particulares das trovoadas:

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- Downbursts – Microbursts e Macrobursts: Foram consideradas teoricamente a partir de 1970 por Fujita (ver Tornados neste texto). Embora os meteorologistas ortodoxos da época não aceitassem suas teorias, mais tarde elas foram comprovadas. As Downbursts são conhecidas pelo súbito desabamento de ar frio pelo interior da nuvem Cb que se acumulou no seu topo.

Este ar frio pertencia às parcelas de ar ascendentes que foram resfriando e perdendo sua umidade durante o processo ascensional. A dado momento, a sustentação desta enorme massa de ar fica impraticável e daí, despenca em direção à superfície . Elas podem ser pequenas, denominadas de micro-explosões (microbusrts) ou grandes, macro-explosões (macrobursts).

São diferentes das frentes de rajadas porque têm um tempo de existência curto, de poucos segundos, não maior que um minuto. Suas velocidades também são muito maiores. As micro-explosões podem ser úmidas, quando carregam gotas de chuva, ou secas, quando ocorrem sem nenhum traçador durante a queda. Os danos em superfície são grandes, normalmente muito localizados.

- Windshears: Conhecidas como cortante de vento ou tesouras de vento, os windshears ocorrem próximos das trovoadas, mas sem uma área pré-definida. Sua característica é de alto cisalhamento do vento (semelhante às frentes de rajadas), porém, além de variar a velocidade dos ventos, variam-se também sua direção e sentido. O fenômeno é particularmente perigoso para as aeronaves, principalmente em operações de decolagem e pouso, pois provocam a perda de sustentação nas asas, causando a sua queda abruptamente.

- Tornados: Fenômeno que varia da micro até meso escala, os tornados são dutos de sucção, gerados por altíssimos gradientes de baixa pressão no interior e base da nuvem. Os processos que disparam os tornados ainda não são completamente entendidos.

Muitos tornados são gerados por alto cisalhamento vertical entre as correntes ascendentes e descendentes. Outros podem ser gerados pela deriva de micro-explosões. Há também os grandes tornados que estão associados aos meso ciclones. O que pode-se afirmar com mais certeza é que o alto gradiente de pressão gera um ponto de singularidade na atmosfera (lembrar da explanação sobre os buracos negros, Astronomia).

Como a pressão é muito baixa no seu centro (aproximadamente
800mb), o ar atmosférico ao redor (+/-1000mb),
tende a suprir esta deficiência, tentando dar uma continuidade mais aceitável ao campo de pressão. Neste instante, toda a massa de ar circula o núcleo, “aguardando” a sua vez de contribuir para a extinção do alto gradiente.

Enquanto isto não ocorre, tudo que estiver ao seu alcance será deslocado, conforme variar a força do vento. Por se tratar de um fenômeno ciclostrófico (os agentes gradiente de pressão e centrífugo são majestosamente maiores que Coriolis ou qualquer outra componente) o giro do tornado poderá ser horário ou anti-horário, independentemente do hemisfério.

Podem ser até mesmo contra-rotores, em caso de gêmeos. Só são considerados tornados quando tocam o solo. Até lá, são denominados nuvem funil, pois a baixíssima pressão permite com que o vapor se condense imediatamente. Normalmente ocorrem na base da nuvem, conhecida como nuvem parede.

O maior estudioso de tornados foi o Dr. Tetsuya Theodore Fujita, japonês naturalizado norte-americano após a Segunda Guerra Mundial, falecido em
1998.
Prof. Ted, como era conhecido, fez inúmeros trabalhos, tanto teóricos como experimentais no campo das trovoadas, furacões e aviação. É dele a famosa escala Fujita que classifica os tornados pelo seu poder destrutivo em superfície, não considerando o tamanho dos dutos como uma fonte confiável de determinação de sua força, já que muitos tornados podem variar de diâmetro, sendo da mesma força.

Fujita determinou que a atmosfera da Terra teria energia no seu estado básico para gerar, no máximo, um tornado (sua escala vai de 0 a
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porém limita-se ao, sendo este, inconcebível). Diferentemente de atmosferas de outros planetas, como os gigantes gasosos Jovianos: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno (este último tem nuvens supersônicas). A denominação da sua escala é dada na tabela a seguir:

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Climatologia - 13

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A tabela registra valores em milhas por hora. Para se obter os valores em km/h, basta multiplicar os números por 1,852.




Para saber mais: No final da década de 1970 e início da década de 1980, Dr. Pearson fez uma avaliação estatística,observando diversos tornados para tentar relacionar a força Fujita com a espessura dos seus dutos. Porém, avaliar tornados por Pearson gera grandes dificuldades:

1º) Precisa-se filmar ou pelo menos tomar várias fotografias para se avaliar qual categoria o tornado atingiu.

2º)
As superfícies possuem tipos diferentes de materiais, uns serão suspensos mais facilmente que outros e isso poderá alterar a precisão da avaliação.

3º)
Há a necessidade de um observador. A própria escala surgiu por comparações do que se via com o que se destruiu após o evento. Além destes problemas, a Natureza não segue regras e estabelecer medidas para a definição da força Fujita pode ser interpretado como mera especulação, sendo apenas uma estimativa próxima da realidade. A escala Fujita é, sem dúvida, a única que avalia precisamente a força que o fenômeno alcançou, observando-se a destruição em superfície. Abaixo segue o complemento de Pearson:



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É importante lembrar que os ventos ao redor do tornado estão girando, mesmo que não aparentem, já que ainda têm pouca velocidade e não elevam grandes objetos. Suas velocidades aumentam conforme se aproximam do núcleo.

-Eletrometeoros: São os fenômenos meteorológicos de natureza elétrica. Quase a totalidade deles está associada à presença da nuvem Cb ou condições tempestuosas.

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- Relâmpagos: Ocorrem quando o ar atmosférico perde suas propriedades isolantes. Neste instante, uma emanação de elétrons tenta vencer o isolamento e se isto ocorrer, um raio precursor, invisível, será lançado do centro negativo para o centro positivo, não importando se os centros estão dentro da própria nuvem, se estão em nuvens diferentes ou se um está na nuvem e outro no solo, por efeito de indução da nuvem à superfície.

Quando este raio precursor completar o circuito (em nanossegundos) uma fenomenal quantidade de carga elétrica será lançada. A diferença de potencial (D.D.P.) chega a milhares e até milhão de Volts e a corrente pode alcançar 100.000 Ampères.

A temperatura do relâmpago está na ordem de 15 a 25 mil graus Celsius (cinco vezes mais quente que a superfície do Sol). Fenomenal calor gera um pulso mecânico no ar, por dilatação. O estrondo é chamado Trovão, possuindo todas as freqüências sonoras, sendo que as mais agudas são ouvidas nos locais próximos da descarga e as mais graves, ao longe, por propriedades mecânicas do deslocamento das ondas na atmosfera. São essenciais à manutenção da vida na Terra, pois geram quantidades colossais de bases nitrogenadas que servirão, ao precipitar com a chuva, como adubos naturais.

Ocorrem, em média 100 descargas por segundo, em todo o planeta. Os tipos principais são ziguezague, ramificado e lampejo. Existem outros mais raros de se observar, como o relâmpago esférico (chamado bola, ilustrado na, torpedo e perolado, amplamente estudados, com registros de ocorrências, testemunhos e em alguns casos, até fatais.

- Fogo-de-Santelmo: Diferente dos relâmpagos, o Fogo-de-Santelmo é uma emanação elétrica, com barulho chispóreo, que se propaga pelo ar em situações de tempestades eminentes ou sob a base das nuvens de trovoadas. Por algum motivo, o ar atmosférico está mais condutivo à eletricidade, portanto, ao invés da superfície se carregar, como um capacitor e depois faiscar em forma de relâmpago, ela vai emanar (ou receber) os elétrons de forma contínua.

Ocorrem com mais freqüência no mar, nos mastros dos navios, daí o seu nome, Saint Elme, padroeiro dos marinheiros, que evocavam seu nome, durante as tempestades. Como os relâmpagos, ocorrem pelo poder das pontas. A coloração normalmente é azul, descarga negativa, porém pode ser vermelha, neste caso, recebendo carga. Surgem em superfícies metálicas, pontas de árvores coníferas, mastros e cumes de montanhas pontudas.

- Sprites e Blue Jets: Recentemente descobertos, com o advento dos imageadores modernos de satélites, os Sprites e Blue Jets são descargas que ocorrem do topo da nuvem Cb, caminhando pela estratosfera, em sentido à ionosfera baixa. Pelo observado até o presente momento, ocorrem imediatamente após um relâmpago, interno ou na base da nuvem.

Pela coloração, Sprites são vermelhos (devem receber elétrons) e Blue Jets, como o próprio nome sugere, são azuis e devem emanar elétrons. A aparência de um Sprite, é literalmente de um espirro, semelhante ao lançar de uma rolha de garrafa de champagne e o Blue Jet, um espalhamento azul em forma de bolha, surgindo bem no topo da nuvem Cb.

Continua

Climatologia -Final

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Considerações Finais: Nosso estudo das trovoadas objetivou mostrar a importância deste fenômeno para a região tropical e sub-tropical do planeta, onde os processos térmicos ocorrem pela troca de energia na vertical em grandes proporções, por uma entidade que dissipa a energia recebida pelo Sol, transportando esta carga da superfície para o topo da troposfera.

Em resumo, vimos:
1- A entidade meteorológica que faz esse papel chama-se trovoada, composta pela nuvem Cumulonimbus (Cb) ou nuvem-mãe. Ela possui um ciclo de vida de três estágios: Cumulus, Maduro e Dissipativo;

2- As trovoadas existem devido a convecção, portanto, são responsáveis pelo transporte de grande quantidade de energia térmica da superfície para a tropopausa;

3- Durante este processo, literalmente fazem a troposfera “borbulhar”;

4-Surgem pela instabilidade da troposfera, com ar quente embaixo e ar frio em cima. Durante o processo, vão dando estabilidade nesta camada atmosférica e, ao final, deixam-na totalmente estável, pronta para um novo ciclo;

5- A atuação das trovoadas vai se reduzindo, conforme se aumentam os graus de latitude. Nas latitudes médias e além destas, começam a surgir outros fenômenos, abordados na aula sobre ciclones extratropicais;

6- Por necessitarem de grandes gradientes térmicos locais para fomentar a convecção, as trovoadas ocorrem mais, climatologicamente, sobre os continentes do que sobre os oceanos;

7- Uma grande quantidade de energia é transformada em eletrometeoros. Esta quantificação ainda está em estudo e é desconhecida.

8- Os processos de dissipação de energia de uma explosão nuclear, uma pluma de erupção vulcânica e um Cumulonimbus são idênticos para a troposfera. Só há mudança no tempo de dissipação, dada a forma como a energia é liberada na atmosfera.


Ricardo Augusto Felício
B.Sc. Meteorologista – USP
M.Sc. Meteorologia Antártica – INPE
Aluno Dr. Climatologia Antártica – FFLCH – DGF – USP
Correio eletrônico:
ricaftnt@yahoo.com

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Riolândia

Tudo começou com o avistamento de um UFO de grandes proporções na Pousada Piapara, às 03h00 de 20 de janeiro, e o conseqüente amassamento de um canavial de forma misteriosa. Acredita-se na ação do UFO sobre as plantas. Os fatos ufológicos continuam até hoje na cidade e aumentam a cada dia.

Em dois dias naquela cidade, colhi dezenas de depoimentos da testemunhas que viram os fenômenos luminosos, que também passaram a ocorrer em plena luz do dia. Fiz muitas fotos das pessoas envolvidas e constatei um clima de verdadeira comoção na cidade.

Apesar de ser um ufólogo relativamente experiente, com mais de 30 anos de atividades na área, cada vez me surpreendo mais com o que está acontecendo em Riolândia e confesso que poucas vezes antes vi uma agitação ufológica tão intensa, duradoura e legítima. Os fenômenos que ocorrem lá atingem pessoas de todos os tipos e de muita credibilidade no município.

1. Nas noites seguintes ao avistamento de 20 de janeiro, em várias ocasiões, testemunhas de todos os tipos, alertadas pela situação na Pousada Piapara, têm passado horas observando os céus de Riolândia e região.


Muitas têm observado fenômenos luminosos próximos ou distantes, quase sempre esféricos e de coloração predominante entre o azul e o vermelho intensos. Os moradores da pousada são os que mais observaram estas luzes, e a família do proprietário, amedrontada com o que vem acontecendo, cogita até mesmo em abandonar o empreendimento e ir embora dali.

2. Um caso marcante ocorreu na noite de 06 para 07 de fevereiro, quando uma luz inicialmente distante e depois mais próxima executou movimentos sinuosos sobre um canavial nos arredores da cidade. O fenômeno foi filmado e testemunhado por mais de uma dúzia de pessoas que estavam em vários pontos da área urbana e rural.

Entre os presentes estava a professora Ruth Probio e sua família, sendo que o filho Pedro Henrique, de 10 anos, fez uma filmagem do fenômeno. A luz ficou visível desde o fim da madrugada até quase 08h00 da manhã do dia 07.

A Revista UFO colheu testemunhos sólidos de pessoas sérias de Riolândia e arredores, entre as quais alguns funcionários públicos.

3. Menos de 24 horas depois, na noite de 07 para 08 de fevereiro, novamente ocorreu uma observação estupenda na Pousada Piapara, onde tudo começou. Este é o caso mais espetacular entre todos os registrados e envolveu mais uma vez o proprietário do estabelecimento, Mauricio Pereira da Silva, e seu irmão Antonio Pereira da Silva.

Ambos estavam de vigília no lado sul da pousada, como vinham fazendo desde que o fenômeno de 20 de janeiro ocorreu, quando viram um show de luzes. Três objetos discóides de grande tamanho foram vistos se aproximando, alinhados em formação. A eles se juntaram outros três objetos esféricos e menores.

O fenômeno durou mais de uma hora, período em que cinco dos objetos (os 3 discóides e duas das 3 luzes esféricas) desceram até o canavial ao lado (não o mesmo afetado em 20 de janeiro) e pareceram "vasculhar tudo a procura de alguma coisa", segundo Maurício. Isso causou grande pânico e apreensão nas famílias dos irmãos e muita comoção na cidade.

4. Ao longo da sexta-feira, 08 de fevereiro, vários ufólogos, especialistas, jornalistas e curiosos passaram a chegar com equipamentos à pousada para investigar os casos e realizar vigílias. Entre eles estavam o advogado Gener Silva, o engenheiro Jorge Nery, consultores da Revista UFO, e outros integrantes do Instituto de Astronomia e Pesquisas Espaciais (Inape), de Araçatuba (SP).

Também compareceram o técnico em eletrônica Cristian Dionízio de Oliveira e o técnico de segurança do trabalho Sivaldo Daniel Pereira, ambos ufólogos de Valentim Gentil (SP). Este editor chegou em seguida, após 700 km de viagem, além do especialista em informática e suporte da Revista UFO Ismael Vieira e os estudantes Michel e Thiago Vieira. Naquela mesma noite foi realizada uma vigília, das 21h00 às 04h30, sendo registrado por todos e filmado por um cinegrafista profissional um fenômeno luminoso que se movimentou por vários minutos sobre a área.

Sua origem não pôde ser atribuída a causas naturais. Todos os depoimentos foram prestados à Revista UFO. Na manhã seguinte, os ufólogos Paulo Poian e Roberto Beck, também consultores da Revista UFO, e Herbert Bruggemann (estes últimos da Entidade Brasileira de Estudos Extraterrestres, de Brasília), chegaram ao local para novas vigília (veja abaixo).

5. Simultaneamente ao fato observado na pousada, na noite de 08 de fevereiro, há mais de 10 km dali, numa estrada de terra mais próxima da cidade, dezenas de pessoas se aglomeravam e testemunhavam outra luz espantosamente brilhante que sobrevoava um canavial.

O fenômeno também foi filmado pelo menino Pedro Henrique, filho da professora Ruth Probio, que manuseava a câmera da família. Os moradores da cidade começaram a se comunicar na noite anterior e uns chamavam os outros para todos se encontrarem naquele local para testemunharem a luz, uma vez que lá a visão do céu é esplendorosa.

Essa observação em massa foi impressionante e se deu praticamente na mesma hora do fenômeno registrado na vigília realizada na pousada (acima). Se a cidade ainda estava dividida quanto à natureza dos fenômenos ufológicos que lá passaram a ocorrer, esta observação, que foi testemunhada por pessoas de vários segmentos da municipalidade, dissipou as dúvidas. Não se fala de outra coisa em Riolândia e as testemunhas se acumulam a cada dia.

6. Da noite de 09 para 10 de fevereiro, um novo grupo se reuniu em vigília na Pousada Piapara, composto por moradores, curiosos e alguns dos integrantes da vigília da noite anterior. Mas apenas duas pessoas permaneceram observando o céu além das 04h00, o consultor da Revista UFO Paulo Poian e o estudante Thiago Vieira.

Eles testemunharam às 05h05 outro fenômeno luminoso sobre o mesmo canavial ao sul da pousada, onde ocorrera o show de luzes com os seis objetos antes. Mas, desta vez, a manifestação se deu mais perto, a menos de 200 m de onde estavam as testemunhas.

Um objeto esférico e intensamente iluminado desceu até a vegetação e permaneceu por muito tempo lá, apesar da chuva que caía. Este editor deixou a pousada para voltar a Campo Grande (MS) às 06h00 e, ao passar por Riolândia, a cerca de 13 km, ouviu relatos de moradores diversos afirmando que, apesar da chuva, novos avistamentos ocorreram naquela noite, na área urbana cidade.

7. Ao longo do domingo, dia 10, tomou-se conhecimento de casos ufológicos que também teriam ocorrido na noite anterior na cidade de Valentim Gentil, a cerca de 70 km de Riolândia. Os citados ufólogos Cristian Dionízio de Oliveira e Sivaldo Daniel Pereira (este também é testemunha de inúmeras ocorrências) estão procedendo à coleta de informações para envio à Revista UFO e já atestam que há um grande número de testemunhas também naquela localidade.

O mesmo ocorreu nos municípios de Fernandópolis e Votuporanga, vizinhos de Valentim Gentil, ao longo da rodovia SP-320 e distantes um do outro cerca de 20 km. Fernandópolis e Votuporanga estão entre 70 e 90 km de Riolândia, e também foram registrados fenômenos luminosos, cujas características ainda estão apuradas.

8. Ainda na tarde de domingo, dia 10, um frentista do único posto de combustível da pequena cidade observou no céu um objeto metálico com luzes, em frente à sua casa. Fernando Alves de Souza estava com os sogros, a esposa e os filhos quando todos viram, em plena luz do dia, às 16h00, o objeto expelir no ar duas esferas luminosas menores.

O conjunto do objeto maior e os menores passaram então a voar juntos, tomando rumo ignorado. O caso está sendo apurado pelo veterano ufólogo Roberto Beck, conselheiro especial da Revista UFO, que permanece na cidade de plantão à espera por novos acontecimentos. O frentista chamou vários moradores de Riolândia para também observarem o fenômeno, aumentando consideravelmente o número de testemunhas.

9. Ainda na noite do domingo, dia 10, o senhor Ibrantino José Ribeiro, seu neto Augusto Ribeiro da Silva, de apenas 13 anos, e uma senhora voltavam de carro da Pousada Piapara para a cidade, quando todos observaram dois fenômenos. Logo ao saírem da propriedade com destino à Riolândia, quando pegaram a pequena estrada não pavimentada, Augusto chamou a atenção de todos para um objeto luminoso e branco sobrevoando o canavial.

O menino implorou para o avô não parar, com medo, e o grupo prosseguiu. Quase ao chegarem na cidade, cerca de 10 km adiante, viram novamente um fenômeno, desta vez uma luz avermelhada e intensa, que cortou a estrada. O ufólogo Beck está entrevistando novas testemunhas na cidade, inclusive um grupo que afirma que há em Riolândia um local onde se pode ver os objetos em plena luz do Sol, todos os dias, entre 15h00 e 17h00.

10. Enfim, os casos em Riolândia aumentam em intensidade e em número a cada dia. No meio de toda essa agitação, a Revista UFO contabiliza números expressivos. Temos informação de pelo menos 6 filmagens independentes dos fenômenos luminosos, feitos por diferentes pessoas, sendo que duas delas estão em nossos arquivos.

Temos perto de 30 testemunhas já contatadas e entrevistadas, além de um número estimado entre 300 e 400 testemunhas em todos os municípios atingidos, e muitas ainda sendo contatadas. Colhemos grande quantidade de relatos e muito material para publicar.

Vai ser bastante trabalhoso colocar tudo isso junto, mas todos os ufólogos citados acima e mais alguns estão ajudando com seus dados, fazendo com que esta seja uma operação de pesquisas ufológicas de grandes proporções. E de um fenômeno em andamento.

Como nota final, informamos que as autoridades de alguns municípios da região noroeste do estado de São Paulo estão bastante preocupadas com a situação, em especial o prefeito de Riolândia, a ponto de solicitar a presença de ufólogos no local. Nunca se viu isso antes.

A Revista UFO, através de seus integrantes, está fazendo sua parte, conversando e entrevistando testemunhas, indo e checando os locais, examinando as evidências e conversando com especialistas de várias áreas, para excluir a possibilidade de os fenômenos registrados serem naturais.

A. J. Gevaerd,Editor da Revista UFO

O movimento UFOs, Liberdade de Informação Já inicia 2008...


Fernando A. Ramalho

21 de dezembro de 2007 marcou o início oficial da nova empreitada da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), visando à definitiva liberação de arquivos ufológicos mantidos secretos pelo Governo Brasileiro.

Naquela data foi protocolado no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), o Dossiê UFO Brasil, um documento sob forma de requerimento endereçado à ministra da Casa Civil, doutora Dilma Rousseff. O documento está oficialmente protocolado naquela casa, e tem como principal objetivo o acionamento e respectivo cumprimento da Lei 11.111/2005, que o próprio Governo sancionou para regular a salvaguarda de itens considerados secretos no país.

A nova ação foi assim planejada tendo em vista o descaso oficial diante das reivindicações dos ufólogos da CBU. Desde o lançamento da campanha UFOs, Liberdade de Informação Já, de Informação Já, em 2004, até meados de 2007, dezenas de solicitações foram feitas aos diversos órgãos responsáveis pela geração, manutenção e guarda das informações pleiteadas, especialmente as três Forças Armadas, representadas pelo Ministério da Defesa.

Como se sabe, documentos que contêm informações de interesse não só da Ufologia, mas da ciência em geral, estão classificados como sigilosos e mantidos longe dos cidadãos e cientistas.

Solicitações para acesso irrestrito às tais informações, assim como um apelo para a criação de um organismo misto de estudos ufológicos, compostos por civis e militares, foram feitas pela CBU na mídia televisada e escrita,através da internet e nas ruas.

Contudo, o único resultado prático de todo o esforço da campanha foi, até hoje, o convite para uma visita às instalações do I Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta I) e doComando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), realizada em 20 de maio de 2005. Nada mais foi feito pelos militares para atenderem aos pedidos legítimos da CBU.

A prova de que tais órgãos detêm informações sigilosas são, por exemplo, as três pastas classificadas como confidenciais e apresentadas aos ufólogos na ocasião. Elas fazem parte de um acervo de dezenas existentes, que vêm sendo alimentadas com registros ufológicos desde 1957, segundo o major-brigadeiro Atheneu Azambuja, na época comandante do Comdabra.

Durante o histórico e inédito encontro entre os ufólogos e militares, nada pôde ser copiado ou levado – somente a certeza de que tal documentação realmente existe e a promessa, nunca cumprida, de que um dia seria integralmente mostrada.

Mudança de estratégia
A visita dos ufólogos aos órgãos da Aeronáutica, amplamente divulgada e comentada nos meios ufológicos do mundo inteiro, foi de grande importância para a Ufologia Brasileira. Contudo, representou apenas uma das fases do movimento UFOs, Liberdade de Informação Já.

- Parte significativa dos objetivos desta campanha, expressos no Manifesto da Ufologia Brasileira – entregue ao comando da Aeronáutica na ocasião, para encaminhamento ao Ministério da Defesa –, não foi sequer respondida. Ficaram faltando esclarecimentos, por exemplo, sobre quando e como informações complementares sobre a Operação Prato seriam reveladas.

Nas salas secretas do Comdabra, apenas um resumo dela foi mostrado aos ufólogos. Isto sem falar em outras solicitações da campanha, como informações sobre o Caso Varginha, ainda sob guarda do Exército.

A Marinha, igualmente, não esboçou qualquer manifestação sobre seus arquivos sigilosos, que sabemos que não são poucos. Assim, com negações e omissões, por parte de nossos militares e governantes, não restou alternativa aos ufólogos senão apelar para a legislação vigente
.

http://www.ufo.com.br./index.php?arquivo=notComp.php&id=3493

Avaliação científica de cura espiritual


Frederico Camelo Leão

Segundo o Espiritismo, os médiuns são pessoas com sensibilidade apurada, intermediários entre dois mundos postados, cada qual em seu relativo espaço-tempo. O fenômeno mediúnico é algo que existe desde tempos imemoriais, conforme observado nos registros da história antiga, e prossegue existindo ainda hoje, principalmente nas instituições espíritas, onde é estudado exaustivamente.

Sua prática tem despertado grande interesse em milhares de pessoas que buscam diariamente alívio espiritual e físico para seus males. A eficácia das curas espirituais, embora alguns pesquisadores sejam céticos quanto a ela, outros, contudo, registram curas obtidas mesmo com os pacientes em sérias condições orgânicas, apresentando quadros de recuperação difícil ou improvável.

Em algumas vezes, há relatos de que os curadores, de modo instantâneo, realizam diagnósticos antes mesmo de estes terem sido obtidos pelos métodos da medicina convencional, sendo depois confirmados por ela. Os fenômenos ditos paranormais, incluindo a vida extraterrestre em razão de suas evidências física e psíquica, não são inexplicáveis. E também não são sobrenaturais, mas fatos ainda não explicados pela ciência.

A gênese do Espiritismo tem sido associada às irmãs Fox. Em 1847, acontecimentos insólitos foram registrados em Hydesville, nos Estados Unidos, gerando grande repercussão. Na França, ficaram famosas as reuniões em torno das mesas girantes.

Nessa época, o assunto atraiu o interesse do professor Hippolyte Leon Denizard Rivail, que começou a estudar sonambulismo e magnetismo. Na evolução de suas pesquisas, Rivail se interessou por manifestações espíritas. O conjunto de suas investigações acabou por gerar um corpo doutrinário, que atualmente compõe os fundamentos da Doutrina Espírita.

O professor organizou vários livros e assumiu o pseudônimo de Allan Kardec. Segundo ele, seus livros são baseados em diálogos com espíritos através de comunicações mediúnicas. No Brasil, o movimento assumiu características próprias. Os mais famosos nomes do Espiritismo brasileiro se dedicaram a realizar obras com ênfase no aprimoramento moral.

O mais popular foi o médium Francisco Cândido Xavier, que deixou mais de 400 livros psicografados [Ditados por espíritos]. O movimento brasileiro caracterizou-se por uma religião cristã que valoriza sobremaneira a caridade. A doutrina tem uma visão bastante específica e pontual a respeito das doenças mentais.

Segundo Kardec, a enfermidade é resultado de um desequilíbrio entre o corpo, a mente e o espírito. No caso específico dos deficientes mentais, afirma-se existir causas espirituais anteriores para tal sofrimento. O codificador acentua que o espírito do doente goza de todas as faculdades da consciência, porém sofre as limitações de um corpo material deficitário.

Tal situação, segundo seus postulados, se relaciona a débitos gerados por atitudes inadequadas em vidas anteriores. Nesse sentido, orienta que os portadores de deficiência mental devam ser tratados com benevolência, pois seus espíritos, conscientes dos limites corporais a que estão submetidos, sofrem e precisam de amparo. No Espiritismo, é natural a comunicação do espírito de um encarnado, portador de doença, tal como a de um morto. Isso é feito no Centro Espírita Nosso Lar.

Mediunidade, a canalização de hoje
Para vários pesquisadores, as experiências mediúnicas são consideradas psicopatologias. O Espiritismo, no entanto, tem outra visão. A mediunidade é uma habilidade psíquica que permite tipos especiais de comunicação. Pode-se também defini-la como um tipo de capacidade perceptiva ampliada.

Para o codificador do Espiritismo, a mediunidade é algo natural. E existem vários tipos, sendo geralmente classificados de acordo com a ordem dos fenômenos que produz. Os principais tipos de são: efeitos físicos (que produz fenômenos, tais como ruídos e movimentos de corpos inertes), psicografia (da qual a escrita manual é a mais simples expressão), audição e psicofonia.

Esta última, algumas vezes, é uma espécie de voz interior que se faz ouvir no íntimo do ser, outras vezes, uma voz externa com o propósito de comunicação. O médium, sujeito portador desta capacidade, traduz verbalmente as impressões sentidas. O termo mediunidade só surgiu no século XIX. E nos estudos mais recentes de parapsicologia, tal fenômeno foi chamado de canalização [Channeling], enquanto o médium recebeu o nome de sensitivo.

Frederico Camelo Leão, convidado especial, é psiquiatra e mestre em ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Atua principalmente nas áreas de comunicação, deficiência mental, espiritualidade, religiosidade e semiótica. Atualmente é diretor técnico e clínico da Casa André Luis.


http://www.ufo.com.br./index.php?arquivo=notComp.php&id=3410

Astrofísicos estão reconsiderando a busca por ET depois de 50 anos sem nenhuma audição.


A conferência Sound of Silence , a ser realizada na Universidade do estado do Arizona , visa discutir como melhorar o programa do SETI(Search for Extraterrestrial Intelligence). "Nós estamos procurando no lugar errado, no momento errado, no caminho errado?" disse na revista New Scientist o organizador da conferência Paul Davies.

Um dos temas a ser discutido na conferência da Terra é saber se deveria falar-se mais , em vez de ouvir. " O grande erro do SETI é que estão deixando pra o ET todo o trabalho pesado", disse o astrofisico Richard Gott da Iniversidade de Princeton, disse.

Ele disse que se os aliens tiverem a mesma atitude que o homem, "vamos todos nós ficar apenas dando voltas ouvindo". O astrofisico australianos Paul Davies acredita que a abordagem que está sendo efetuada pelos investigadores do SETI é demasiado estreita, assumindo que os alienígenas comunicam-se da mesma forma que fazemos aqui na Terra.

"Estamos fazendo uma série de pressupostos sobre os aliens baseados em humanos da sociedade ocidental do século 20", disse ele. Enquanto que o caminho a seguir seria ampliar a pesquisa , diz o antigo pesquisador do SETI pesquisador Dr. Seth Shostack que admite que seria uma grande tarefa.

"Se você quisesse caçar tesouros escondidos na Austrália, com certeza, a melhor estratégia seria tomar uma pá e cavar por todo o país, mas, na prática, você simplesmente não poderia fazer isso", disse. O primeiro projeto SETI, chamado Projeto Ozma, foi realizado em 1960 pelo astrônomo Frank Drake da Universidade Cornell .

Desde então ocorreram vários possíveis achados do SETI , mas nenhum foi confirmado como sendo de natureza alien. Até mesmo os computadores domésticos foram solicitados a ajudar através do projeto SETIhome , que foi lançado há oito anos.

Até o momento, o projeto já angariou mais de cinco milhões de voluntários e 320000 computadores para processar dados recebidos de radiotelescópios ao redor do mundo. No ano passado, o Instituto SETI foi ligado ao primeiro de 42 pratos que compõem o Allen Telescope Array, uma instalação dedicada à busca de sinais extraterrestres.

"Nos próximos dois anos, vamos ter recolhidos e analisados dados mais recentes do que tivemos durante os últimos 50 anos", disse o Dr. Shostack. Ele acrescentou que, até 2028, o projeto terá inquiridas mais de um milhão de sistemas estelares. "Se não houver nenhum pronunciamento depois disso, será então o momento de repensar".


NZherald, The Australian

Investigações Do Fenômeno Dos Círculos Ingleses


Eu tenho pesquisado o fenômeno Crop Circles (Círculo nas Colheitas ou Círculos Ingleses) desde que eu vi meu primeiro círculo em 1976. Eu tinha feito uma "vigília noturna" tentando observar OVNIs na colina Clay em Warminster. Três círculos de luzes coloridas separadas por aproximadamente seis pés (2 metros) de diâmetro ficaram circulando sobre nós durante umas três horas no topo da colina, fundindo-se às vezes em um único globo e separando novamente bem sobre nós.

De repente, um dos círculos desceu a uns trinta pés (10 metros) e voou em um campo abaixo. Quando amanheceu notei um círculo aplainado no campo de trigo. Em minha inspeção observei que não havia nenhum talo quebrado no círculo há pouco perfeitamente aplainado de uns trinta pés de diâmetro.

Em tempo:...eu acabara de tomar conhecimento dos famosos "Tully UFO Nests" que apareceram em 1966 na Austrália, mas não tinha ouvido falar de nada de natureza semelhante neste país. Lá, no entanto, parece haver um lapso no aparecimento de qualquer círculo na colheita. Apesar de minha procura e pedido de qualquer informação sobre eles até 1980, nada descobri. Em minha pesquisa sobre os círculos durante este período eu descobri uma menção deles na literatura francesa antiga (por volta de 800 d.C.).

O Bispo de Lyon daquela época havia escrito sobre algo semelhante a um padre de fora que estava assumindo a paróquia de Lyon. O conteúdo do manuscrito era basicamente advertir ao novo padre que estava havendo uma "adoração do diabo" pelos paroquianos locais e que eles estavam colecionando sementes de "círculos aplainados" e os usando para ritos de fertilidade.

Com minhas investigações no enigma dos OVNIs desde 1950, eu sentia, e ainda sinto, que há um vínculo entre estes fenômenos. Em 1988 eu comecei minha própria equipe de pesquisa chamada Investigações dos Fenômenos da Colheita (Crop Phenomena Investigations).

Desde aquele período eu tenho trabalhado com vários institutos, inclusive com o famoso Dr. William do laboratório de Levengood na América. Ele é um Biofísico e com sua equipe, levou a, cabo diversas pesquisas em amostras que ele recebeu de várias partes do mundo, que foram tirados de formações nos "Círculos de Colheita", incluindo os de nosso país.

Ele teve suas pesquisas publicadas em várias revistas científicas ao redor do mundo. O que nos realmente sabemos a respeito das formações?

Fato -> sabemos da pesquisa científica em que estou envolvido que eles são formados (as genuínas formações) por uma energia capaz de alterar a estrutura molecular da planta sem danificá-la. Além disso, também é capaz de alterar a taxa de crescimento e o seu padrão.

Fato -> a energia envolvida parece ser benigna e do meu conhecimento não é usada neste planeta.

Fato -> algumas formações irradiam uma onda de aproximadamente 5.7 Hz no espectro eletromagnético.

Fato -> ocorrem paralelamente ao avistamento de OVNIs.
Fato -> mesmo após a colheita, a forma dos círculos tem permanecido na terra durante pelo menos seis meses em alguns casos. Isto não pode ser conseguido por "formações na colheita" feitas por humanos.

Fato -> em algumas das formações, bússolas giram denotando uma anomalia magnética presente.

Fato -> a plantação fora da formação não exibe as mesmas características encontradas dentro do círculo.

Fato -> não há nenhum nível de consistência. Em algumas formações temos o fator som, as anomalias magnéticas e impressões no solo, mas isto não quer dizer que iremos encontrar as mesmas características na próxima formação. Ainda assim, pode-se mostrar que os novos círculos fazem parte de uma formação genuína.

Fato -> se nenhum, ser humano entrar na formação, a colheita (plantação) continuará crescendo e o fazendeiro não vai perder qualquer grão. Assim, o que nós temos? Lindos padrões geométricos nos campos que desafiam nossas leis de lógica, da física e os argumentos.

Mas eles continuam aparecendo pelo mundo afora! Eles parecem ter um profundo efeito espiritual em todos os visitantes ou pesquisadores. Talvez, se nada mais houver, esta seja a razão da sua existência. Como no cenário dos OVNIs, talvez exista um encobrimento com o fenômeno das formações dos círculos nas colheitas, eles são um mistério que um dia a humanidade irá conhecer. A verdade está lá fora e vocês sabem onde devem olhar!


David Kingston, Tradução de Gelson Rochae:

Compreendendo os anjos, demonios e extraterrestres

Não são apenas nossos visitantes os extraterrestres.
Anjos, demônios e o próprio Deus também vêm de

Compreendendo os anjos, demônios e extraterrestres
Carlos Alberto Millan

Em nossa área de estudos, tão complexa e multidisciplinar, primeiramente devemos discutir alguns conceitos para somente depois inferirmos algumas conclusões. Nunca é demais lembrar que o termo extraterrestre se aplica vulgarmente a tudo que seja de fora do planeta Terra, mas dentro desta definição, mesmo os anjos, demônios e Deus podem ser considerados como tal, de modo que esse conceito possui suas limitações.

Quando dizemos fora da Terra, automaticamente vinculamos qualquer artefato, UFO ou ser como proveniente de outro planeta material e físico, dentro dos parâmetros tridimensionais. E, às vezes, isso não se aplica, como no caso dos anjos, demônios ou Deus.

Eles não podem ser classificados como extraterrestres, na acepção da palavra, pois anjos e demônios constituem, na realidade, uma só linhagem dos filhos da luz, tendo ambos a mesma natureza e criação celestial, sendo entidades de um plano imaterial situado em outras dimensões paralelas ainda desconhecidas do homem.

Conta a tradição que eles dividiram-se em duas classes antagônicas: os anjos, que permaneceram fiéis à hierarquia de luz e no auxílio da raça humana, e os anjos decaídos, designados demônios, rebelados contra o Criador e que decidiram usar, escravizar e destruir a humanidade em proveito próprio.

E, ao contrário do que nos transmite o mito popular, os anjos não são apenas mensageiros ou guardiões destituídos de vontade própria, em trânsito para transmitir as boas novas de Deus. Muito além disso, os anjos são altíssimas inteligências cósmicas, possuidores de poderes além da razão, que seriam para nós como super dons paranormais, magias, ou mesmo os chamados milagres.

Possuem um amplo conhecimento do átomo, da matéria, dos planos dimensionais e de todas as leis regentes do Universo. Detêm poder, muito poder para interferir na vida das pessoas, de grupos e nações, nas condições climáticas, na estrutura quântica, no espaço-tempo ou no destino.

Os limites dessa atuação ou interferência são as determinações e as leis divinas geradas pelo Criador, Brahman [Princípio divino não personalizado do bramanismo] ou o Tao [O caminho, o absoluto, a razão de ser de todas as coisas, dependendo da religião, ou ainda o deus do taoísmo, doutrina fundada pelo chinês Lao Tsé]. Aliás, são executores da lei maior.

http://www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=2001


Herege entre os hereges: Jacques Vallee entrevista - Parte 1


Herege entre os hereges: Jacques Vallee entrevista
Resumo: O aprofundamento entrevista com os principais UFO investigador, Jacques Vallee.

Jacques Vallee hesitou antes de aceitar a ser entrevistado sobre o assunto para o qual ele mais famosas: Não é que ele está relutante em discutir o tema, ou tussle com os skeptics...

Afinal, ele é escrito perto de uma dezena de livros sobre UFOs, vários deles best - vendedores, analisando uma notória etérea assunto como um duras-cabeças físicos cientista, pessoas, e socióloga.. Ele acredita que há indícios mais do que suficientes para fazer uma atraente para o caso da existência de UFOs, e ele não evitam um debate honesto.

È um duro núcleo e fiéis que dão pausa Vallee. Qualquer um que tenha observado o semi-acadêmico cabina do piloto conhecido como "UFOlogia" sabe que o próximo encontro do UFO perito tipo vertente de pouca luz e muito calor, dogma e territorial sniping.

Vallee's opiniões sobre UFOs são muito mais exóticos e muito estranho do que aquilo que ele chama o reinantes "porcas e parafusos" abordagem ao assunto. Assim, ele tem sido atacado por fiéis tantas vezes que ele graceja referindo-se a si mesmo a um "herege entre os hereges".
Como coloca- Vallee, "vou ficar desapontado se UFOs revelar-se nada mais do que naves espaciais". Vallee resumir-se a sua opinião sobre a proveniência dos UFOs, um ponto de vista que ele é desenvolvido através de décadas de investigação: "O Fenômeno UFO existe. Foi conosco ao longo da história. Trata-se de natureza física e Ele permanece inexplicável em termos de ciência contemporânea.

Representa um nível de consciência que ainda não foram reconhecidos, e que é capaz de manipular dimensões para além do tempo e do espaço, pois entendê-las ". Tanta de anti-gravidade-powered starships transbordo Big Brothers do espaço exterior.

Vallee pensa UFOs são prováveis "janelas" para outras dimensões manipulado por inteligente, muitas vezes mistérios, sempre enigmática seres que ainda vamos ter de se entender. (Nenhum outro UFO investigador tem contribuído mais para um campo reconhecidamente controversa. Mas Vallee comanda uma medida de respeito, que devem deixar seus colegas sentindo um pouco invejoso.

Mesmo Philip Klass, o perito aviônico e os meios de comunicação do favorito UFO-debunker, apela Vallee "um dos mais ilustres membros do pro-UFO comunidade". Vallee, acrescenta, "é um dos mais brilhantes cientistas que acredita na física UFOs".
Vallee deslocado para a América do seu nativo França no início dos anos 1960, como jovem astrônomo -virou- computador cientista.. Vallee foi pioneiro na utilização de computadores para analisar e classificar o fenômeno UFO, e o seu livro 1965, Anatomia de um Fenômeno, ainda é considerado um dos mais acadêmicos livros sobre UFOs já escritos.

No Nordeste da Universidade, Vallee assistida Prof J. Allen Hynek, o consultor acadêmico sobre a Força Aérea da infame Projeto Bluebook, já visto por mais saucer estudantes, quer como um meio - Embora trabalhando com Hynek, Vallee e sua esposa, Janine, compilado pela primeira vez-computador base de dados de avistamentos UFO.

Em
1969,
publicou um outro Vallee inovador livro, Passaporte para Magonia, no qual ele recolhidos um organismo de folclore "mitos" que ler notavelmente similar moderna UFO encontros, a partir do raptos de passagens bíblicas e crônicas medievais de "visitantes" de fora .

Baseando -Carl Jung da tese de que UFOs são um fenômeno sociológico, um produto do inconsciente coletivo, Vallee sempre deixado para trás o espaço-vinculado ET teóricos. Mas a abordagem da pessoas ao problema iria influenciar mais tarde um certo número de pesquisadores e escritores que continuam a repetir as suas idéias sobre outras formas de consciência-dimensional.

A melhor venda do autor Whitley Strieber, Harvard "abductee psicólogo" John Mack, jornalista e Keith Thompson (autor de Anjos e Aliens todos devemos uma dívida para Vallee. Stephen Spielberg prestou homenagem ao Vallee em Fechar Encontros da Terceira Kind, baseando o seu cientista francês Caracteres (desempenhado por François Truffaut) sobre o real francesa UFO teórico

Recentemente, teve almoço com Vallee, em San Francisco no restaurante ao virar da esquina dos serviços da sua alta tecnologia empresa de capital de risco. Parte 1 da entrevista que abrange Vallee's teorias sobre UFOs e sua convicção de que a ciência pode penetrar mistério dos discos voadores e seres alienígenas.

Na Parte
2, que vamos publicar ainda este mês, Vallee discute a segunda esfera de suas pesquisas: A ligação entre o UFO fenômeno religioso e do impulso. Vallee acredita que a inteligência orientadores UFOs é uma espécie de mecanismo de controlo, uma mão invisível moldar o desenvolvimento da consciência humana ao longo de um período de eons.
Na segunda instalação ele também fala sobre a teoria de que, de tempos a tempos, os governos têm manipulado a opinião pública através de UFO mitologia - em alguns casos construir elaborar hoaxes para fins propaganda.

Continua

Herege entre os hereges:I

60GCAT: Por que os americanos estão obcecados com a idéia de que o espaço exterior estrangeiros são os pilotos de UFOs?
Vallee: Eu acho que os americanos, se eles estiverem interessadas no assunto, são muito literal. Eles querem o pontapé nos pneus, o que é uma boa coisa que faz o americano. Eles querem fazer engenharia reversa sobre o sistema de propulsão. E quando eu digo-lhes:

"Olhe, talvez essas coisas não têm um sistema de propulsão", você recebe uma estranha reação. Assim como, se você se lembra, em Fechar Encontros, o Truffaut personagem mantém indo ao redor dizendo isto é um fenômeno sociológico, não apenas físicas. E ele tem um monte de problemas para receber toda essa idéia.

60GCAT: Por que você se inscreveu em um ponto a teoria de que UFOs possam ser extraterrestre na origem. . .
Vallee:
Quando me encontrei com Stephen Spielberg, que com ele argumentou que o assunto estava a ser muito mais interessante se ela não foi extraterrestres. Se era real, físico, mas não ET. Então ele disse: "Você está provavelmente direita, mas isso não é o que o público está esperando - isto é Hollywood e quero dar às pessoas algo que está perto do que eles esperam".O que é justo.

60GCAT: Então o que é que sabemos ao certo sobre a natureza dos UFOs?
Vallee:
Nós não sabemos onde ele vem. É caracterizada pelo seu físico [vestígios]. Oitenta por cento de todos os casos têm trivial explicações.. Mas eu estou falando sobre o núcleo fenômenos. Parece que envolvem uma grande quantidade de energia em um pequeno espaço, que parece envolver pulsado microondas, entre outras coisas.

Não há muito que se sabe sobre o efeito das microondas pulsado sobre o cérebro, por isso é muito possível que algumas das histórias que você recebe de pessoas são essencialmente induzido alucinações, sinceramente testemunhas - as testemunhas não estão mentindo. Eles realmente têm sido expostos a algo verdadeiro, mas não há maneira de voltar ao que era coisa que, com base na sua descrição, porque seu cérebro foi afetado pela proximidade de que a energia.

Dito isto, tenho muitos dos colegas em ciência e tecnologia Respeito quem me dissesse isso poderia ser um fenômeno natural a um discóide, esta poderia ser uma forma de energia na atmosfera. Não sabemos muito sobre os efeitos dos campos eletromagnéticos sobre o sistema nervoso.

Estamos descobrindo como será quando nós irmos. Portanto, é bem possível que poderia haver um fenômeno como esse, uma coisa muito espontânea. Ou ele poderia ser artificial. Se ele é artificial, poderia vir de outra forma de consciência, que pode ou não ser extraterrestre. É um grande universo lá fora. Quem somos nós para dizer onde ele vem? Só podemos especular sobre esse ponto.
60GCAT: Como podemos usar a nossa própria tecnologia comparativamente trás para investigar este mistério?
Vallee:
Quando me encontrei com Stephen Spielberg, que com ele argumentou que o assunto estava a ser muito mais interessante se ela não foi extraterrestres. " Então ele disse: "Você está provavelmente direita, mas isso não é o que o público está esperando - isto é Hollywood e quero dar às pessoas algo que está perto do que eles esperam". O que é justo.

60GCAT: Como podemos usar a nossa própria tecnologia comparativamente trás para investigar este mistério?
Vallee:
Onde eu acho que a tecnologia pode ser de ajuda está em busca de padrões. E eu fiz como muito do que como qualquer outra pessoa. Eu construído, com a minha mulher, o primeiro computador de dados de avistamentos UFO.

Mas quando penso computadores poderiam ser utilizados na aplicação é muito melhor inteligência artificial, a razão, e a inferência para eliminar os relatórios que têm causas naturais. Desenvolveu um protótipo de software que, o que foi chamado OVNIBASE, que virou para a francesa CNES; presumivelmente eles estão desenvolvendo uma nova versão do mesmo, e executando-o em seu banco de dados.

Continua